domingo, 27 de fevereiro de 2011

LUTO...

“A morte não é tudo. 
Não é o final. 
Eu apenas passei para a sala seguinte. 
Nada aconteceu. 
Tudo permanece exatamente como foi. 
Eu sou eu, você é você, e a antiga vida que vivemos tão maravilhosamente juntos permanece intocada, imutável. O que quer que tenhamos sido um para o outro, ainda somos. 
Chame-me pelo antigo apelido familiar. 
Fale de mim da maneira que sempre fez. 
Não mude o tom. 
Não use nenhum ar solene ou de dor. 
Ria como sempre fizemos das piadas que desfrutamos juntos. 
Brinque, sorria, pense em mim, reze por mim. 
Deixe que o meu nome seja uma palavra comum em casa, como foi. 
Faça com que seja falado sem esforço, sem fantasma ou sombra. 
A vida continua a ter o significado que sempre teve. 
Existe uma continuidade absoluta e inquebrável. 
O que é esta morte senão um acidente desprezível? 
Porque ficarei esquecido se estiver fora do alcance da visão? 
Estou simplesmente à sua espera, como num intervalo, bem próximo, na outra esquina. 
Está tudo bem!”

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