terça-feira, 17 de maio de 2011

Alma liberta...

Oh! minh’alma liberta, voe por esse espaço infinito,
tal infinito é o amor que carrega.
Hoje, pode refazer toda a sua história, sem conflito,
livre desse terrível desterro, escravizada, enquanto cega.

Voe minh’alma para além de mim, que sou fraco, imaturo;
dispa-se do meu ódio, meu desespero, meus rancores,
romper com o meu passado, ousar no futuro.
Esquecer tudo lá trás, as tristezas, os dissabores.

Voe minh’alma, vá viver sua liberdade, sem se magoar,
voe tão alto quanto possível seja, alcance o condor.
Talvez seja difícil, quem sempre cativo, o hino da liberdade entoar,
mas outra alma há de encontrar, que não irá atormentá-la, causar-lhe dor.

Voe minh’alma para além desse mundo de horrores, para muito além dela.
Não se entregue mais ao sofrimento desnecessário, vença a batalha final.
Que ela possa assistir ao seu triunfo; verá que sua alma não é tão bela!
não se angustie, não se aprisione mais, o laço foi rompido, afinal.

Voe minh’alma pura, para além dela, em busca da paz.
Para se sublimar, enlevar-se, saboreia a sua vitória;
tenha coragem, sobrepuja esse inimigo contumaz,
viva o hoje, o amanhã, pois, o ontem, seria uma luta inglória!

Voe minh’alma, voa! Mas agora, sem a alma dela.
Persiste, não se renda às vicissitudes da existência;
cabe-lhe o direito de outras almas invadir, sem querela,
com suavidade e ternura, sem norma ou exigência.

Voe minh’alma, voe! Mas agora, com nova alma.
Ofereça-lhe amor, compaixão, carinho e solidariedade.
Goze o esplendor da suavidade da vida, de uma ternura calma,
mas não se curve mais a paixões descabidas, impiedosas, à maldade!

Voe minh’alma, com todos os pecados remidos!
Tal uma Fênix, ressurja das cinzas, rearrume a vida.
Angústia, solidão, tristezas, serão palavras sem sentido,
cujos sentimentos não mais a afetarão. Foi curada a ferida!

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